quinta-feira, 2 de março de 2023
Não é justo!
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
O que fazer com um problema?
O autor norte-americano acredita que a criatividade é algo
precioso! Quando somos tocados por uma ideia, uma visão diferente, uma
perspetiva fresca sobre um problema, temos que agir! É nosso dever fazer alguma
coisa com isso.
“O que fazer com um problema?” é um dos 3 livros inspiracionais para crianças que escreveu e que começam com uma pergunta. Os outros são “O que fazer com uma ideia?” e “O que fazer com uma oportunidade?” – todos publicados em Portugal. Cada um deles é ilustrado por Mae Besom, uma artista chinesa que se inspira na natureza para criar ilustrações elegantes, delicadas, cativantes e mágicas. Dá para perceber o quanto adorámos as ilustrações deste livro? É que gostámos mesmo muito.
O autor tem mais
livros editados em português e todos com mensagens poderosas sobre a força que
cada um tem dentro de si e que deve escutar desde a infância.
Original de Kobi Yamada // Lido a partir de “O que fazer com um problema?" – Editora Zero a Oito
terça-feira, 9 de agosto de 2022
Chico Fantástico Super Herói de Plástico
O conto de hoje veio aqui parar de uma forma muito bizarra...!
Quase sempre, um livro poisa aqui porque:
- gostamos de quem o escreveu ou de quem o ilustrou
- fala de coisas muito importantes
- é divertido
- brinca com as palavras, com sons ou com ideias
- faz festinhas no nosso coração
- ajuda a lidar com um sentimento
-…ai, por tantos motivos…tantos mesmo que às vezes nem há
palavras para descrever. Olhem, porque sim!
O conto de hoje, dizia eu, que foi escolhido de forma muito
estranha. Porquê?
O autor, Pedro Seromenho escreveu muitos livros, é um dos nossos escritores favoritos. Nasceu no Zimbabué e por enquanto vive em Braga (mas isto dos escritores, nunca se sabe…são gente que gosta muito de andar de cá para lá e de lá para cá…).
Diz sobre si próprio que é primeiro leitor e depois escritor,
ilustrador, editor, contador de histórias e detetive de pares de meias perdidas.
Era mesmo disto que precisávamos, nós que andamos sempre a
tentar encontrar o par para uma meia sozinha!
Este “Chico Fantástico, super herói de plástico” podia ter
vindo parar ao Conto ao Ouvido por ser uma ferramenta super fantástica para
aprender sobre os 3 Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar! Podia, sim senhor.
Podia ser porque está muito bem escrito e ilustrado. Já agora, quem ilustrou
foi o José Machado, um artista incrível que vale a pena explorar.
Principalmente para quem adora o traço da influência das bandas desenhadas
poderosas.
Mas vamos então explicar como veio aqui parar o Chico
Fantástico. Quando não andamos pelos corredores das Bibliotecas, sentados no
chão “com as pernas à chinês”, estamos onde houver internet, a espreitar contos,
autores e as coisas que eles fazem. Foi assim que encontrámos o Pedro
Seromenho, sentadinho numa cadeira em frente a um computador, numa sala com
papel de parede amarelo às florinhas prateadas e uma porta amarela, a segurar o
seu livro amarelo. Ouvimos de fio a pavio, da boca de quem escreveu, as
palavras todinhas deste conto e foi tão bom. É sempre maravilhoso ter o
privilégio de ouvir um autor ler em voz alta aquilo que imaginou e foi isso que
sentimos neste vídeo de 15 minutinhos. Vale a pena assistir até ao fim para
ainda termos direito a um miminho nos últimos segundos.
Seguindo o conselho do autor: “sejamos todos heróis. Um
pequeno gesto faz toda a diferença.” Pensemos no nosso Planeta Azul e naquilo
que podemos fazer para o deixarmos melhor do que o encontrámos.
Original de Pedro Seromenho // Lido a partir de “Chico Fantástico Super Herói de Plástico” – Paleta de Letras
sexta-feira, 13 de maio de 2022
A grande fábrica de palavras
Que mania que temos de desperdiçar.
Inventou-se a reciclagem e a reutilização para aprendermos a ter juízo,
a sermos menos consumistas. Muito bem, o que importa é começar a agir!
Mas e se estivermos a falar de algo que não é físico, orgânico ou material? E se estivermos a falar de palavras?
O povo brasileiro tem uma expressão muito gira: “Jogar
conversa fora” quando nos pomos à converseta; e aqui em Portugal dizemos que “palavras,
leva-as o vento” se queremos reforçar que são as ações que contam e não as
intenções. Engraçado, não é? Valorizar a palavra.
E se…num país distante se pagasse
pelo uso de palavras? Se cada coisa que quiséssemos dizer tivesse um custo? Teríamos
mais cuidado com o que dizemos?
É precisamente por serem valiosas
e preciosas que Agnès de Lestrade decidiu escolher muito bem as suas palavras e
criar esta obra que é um hino ao valor daquilo que escrevemos e dizemos.
A autora nasceu em França em 1964.
Começou a escrever em 2003 e nunca mais parou. Já publicou mais de 50 obras.
Diz que gosta de viver no campo e que antes de partilhar connosco as suas
histórias testa-as nos seus 2 filhos. Parece-nos bastante sensato porque ao
preço a que devia estar a palavra não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar, pois não?
Original de Agnès de
Lestrade // Lido a partir de “A grande fábrica de palavras” – Paleta de
Letras
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
Reis procuram príncipes - uma história de adoção
Um Pai e uma Mãe, dois Pais, duas Mães…há tantas formas de se ser Família mas deste cesto em que se junta quem se ama tem que constar um fruto: uma criança. Uma Família nasce quando recebe uma criança nos braços. Uma Mãe só é mãe, um Pai só é pai e os avós só nascem quando há uma voz que assim os chama.
E o que acontece quando de uma rainha não nasce um príncipe? Não existe um bebé mas existe um amor tão grande à procura de um coração para ocupar. Quando os reis procuram o seu príncipe ou princesa dizemos que começa uma das maiores aventuras de contos de fadas: a adoção!
Há meninos e meninas que por tantos motivos precisam de um lar e não há tempo a perder, os elfos e as fadas-madrinhas vão trabalhar e trabalhar para encontrarem o ninho mais seguro, mais quentinho e cheio de carinho que puderem para que aquela criança não volte a ficar só!
“Reis procuram príncipes” foi escrito por Ana Kotowicz. A autora nasceu numa família em que cada um dos avós vinha de um país diferente, e sempre gostou de escrever. Estudou Arte e Design, Marketing e Publicidade. Em 1998 tornou-se jornalista.
Escreveu notícias, fez reportagens e entrevistas, editou textos, coordenou secções e chefiou redações. É nesta altura que decide ter um filho e esta vontade levou-a, em conjunto com o marido, a querer adotar. Escreveu o conto de hoje para ajudar a explicar aos mais pequenos esse caminho para construir uma Família, diferente daquele que todos conhecem de cor.
Rita Correia ilustrou a obra de forma maravilhosa. Recorreu a traços simples e técnicas de recorte e colagem, mas o que é ainda mais entusiasmante é que contou com a ajuda dos filhos Júlia, de 8 anos, e Jaime de 4 para embelezar ainda mais a história usando desenhos que eles próprios fizeram.
Original de Ana Kotowicz // Lido a partir de “Reis procuram príncipes - uma história de adoção” – Livros Horizonte
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
Flávio e os dentes assustadores
Aqui está o exemplo de uma história bem escrita, com a dose
certíssima de humor, ilustrações magníficas, ótimo de ler em voz alta e
excelente de ser ouvido!
Mas Jarvis, o autor também queria passar uma mensagem. É
daquelas que se perguntarmos às crianças elas saberão apontar: muitas vezes
escondemos o que somos com medo do que os outros possam pensar...É cruel mas é
recorrente e não escolhe idade para acontecer.
Escondermos a nossa própria natureza é algo tão vincado no
dia-a-dia que sermos autênticos quase soa a estranho.
O Flávio, a personagem principal desta história era temido
por todos mas lá no fundo não deixava de ser frágil. Um jacaré assustador mas
que quando revela o que considera ser uma fraqueza, percebe que há mais na vida
para se ser do que apenas assustador!
Sobre o escritor importa dizer que é britânico, vive em
Manchester. “Flávio e os dentes assustadores” foi o primeiro livro que escreveu
e ilustrou. As suas obras são de uma beleza indiscutível, são divertidas e
cheias de ação. Jarvis partilha o entusiasmo que tem pela escrita visitando as
escolas inglesas e falando sobre o seu trabalho.
Antes de se dedicar à Ilustração teve imensas profissões: foi anunciador de números do Bingo, desenhou imagens para castelos insufláveis, é designer de capas de discos, diretor de filmes de animação...
sexta-feira, 24 de dezembro de 2021
Desejo de Natal
Livros pop-up! Irresistíveis, maravilhosos, divertidos, mas
acima de tudo frágeis, tão frágeis!
Raramente escapam à fita cola mas encantam quem os manuseia.
Dos mais simples aos mais elaborados, são verdadeiras obras
de arte. A técnica é complexa e muitas vezes faz disparar o preço da obra.
A história que hoje escutamos foi retirada de um livro
pop-up delicioso. As ilustrações são apelativas e é muito divertido fazer girar
o livro ora na vertical, ora na horizontal. Há tantos pormenores para explorar
que a leitura fica ainda mais entusiasmante. É um livro recomendado pelo Plano
Nacional de Leitura para projetos relacionados com o Natal na Educação
Pré-Escolar, 1º e 2º anos.
Estamos na semana de Natal, mas esta história não foi escolhida
apenas por isso. É uma lição de superação, de luta pelos nossos desejos e
ambições. Nunca desistir mesmo quando somos cabritinhos-monteses e queremos ir
mais longe!