Ouvir contar pode desencadear uma vontade de conhecer melhor determinado autor e querer procurar outras obras. Gostar do que se ouve pode abrir uma porta para querer ir buscar mais. Sempre e só: semear a mais magnífica das pedras preciosas, a única que semeada, brota: a leitura!
Em pesquisas passam-me literalmente pelas mãos, numa só manhã, dezenas de livros e sinto genuíno entusiasmo apenas em tocar nas capas, antecipação ao abri-los e ver a primeira página ora em branco ora com desenhos que deixam no ar o que lá dentro virá. Tê-los, tocar-lhes, cheirá-los, senti-los são sensações que jamais poderei anexar às narrações. O delicado investimento de cada ilustrador e designer é impagável e impossível de reproduzir.
Há livros que temos que segurar enquanto lemos. Foram feitos para serem tocados, acariciados, têm texturas, rugosidades, brilhos, coisas escondidas, expressões desenhadas nas personagens que ajudam quem lê a teatralizar a fala mas que provocam reações imediatas logo ao virar a página. E isto é irreproduzível.
Prometi a mim mesma não recorrer a efeitos sonoros mas tive que ceder. Há contos que merecem uma coisinha extra. Vou recorrer a eles o menos possível por ter a certeza que quero manter-me fiel à ideia que um livro é para contar, narrar, sussurrar e cantar. Mas que uns pozinhos de fada ajudam, ajudam!
Agora é levantar o rabinho e se não for para comprar novo pelo menos toca a visitar uma Biblioteca e usar mais sentidos para além da audição. Combinado?
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Vamos adicionar ingredientes grotescos, polvilhar com purpurinas e pózinhos e quando estiver tudo a borbulhar, enviamos o mail com o resultado. Combinado?