Escrito por Hans Christian Andersen e publicado em 1838, este conto é o exemplo das histórias sem final feliz. Esta perspetiva, comum às narrativas de Andersen, hoje muitas vezes abandonada pelos autores infantis (erradamente, na minha sincera opinião), introduz no imaginário do ouvinte sensações reais e aplicáveis ao dia a dia, sensações de temor, abandono, mas também de entrega, dedicação, amor e bravura.
O bravo soldadinho, que se mostra corajoso independentemente de ter menos uma perna que os seus irmãos, embarca numa estranha viagem que o traz de volta para perto do seu amor a quem nunca revela o sentimento que o move...
O elemento da diferença e de como se superam limites que condenam à partida a existência heróica de um soldadinho de chumbo (estanho, no original) refletem aquilo que queremos idealmente atingir enquanto seres sociais: ignorar as diferenças (raciais, ideológicas, políticas...) ou incapacidades (deficiências, limitações físicas ou psicológicas). Estas são as aptidões que queremos deixar como legado e que devemos relembrar e fazer por aplicar.
Original de Hans Christian Andersen // Lido a partir de: "Os mais belos contos de fadas - Uma antologia RD" 1970
Sem comentários:
Enviar um comentário
Depois de receberem a mensagem, os Mostrengos vão preparar o Caldeirão das Respostas.
Vamos adicionar ingredientes grotescos, polvilhar com purpurinas e pózinhos e quando estiver tudo a borbulhar, enviamos o mail com o resultado. Combinado?